segunda-feira, 29 de novembro de 2010

LEITURA E INTERNET

A influência da internet nos hábitos de leitura do adolescente

Amenta (1996) define as redes como um conjunto de computadores
independentes e interligados eletronicamente entre si. Sua origem remonta ao início dos
anos sessenta, quando os computadores eram caros e escassos e utilizava-se o sistema
de tempo compartilhado. A maioria das tarefas exigia somente uma pequena fração da
sua capacidade e poderiam então, prestar serviços e mais de um usuário, quase
simultaneamente, mesmo estando remoto, além de permitir o acesso a disco, terminais,
impressoras, programas e bases de dados.
Para alguns, a www (World Wide Web) é uma ferramenta fantástica que revela
novos caminhos, abre a escola para o mundo e inova infinitas formas de contato com o
mundo. No entanto, essas possibilidades só acontecem se, na prática, as pessoas
estiverem atentas, preparadas e motivadas para aprofundarem e avançarem nas suas
pesquisas e compreenderem o mundo.
Na era digital, a moeda forte é a troca de informação, acessível e universal.
Independente da natureza da informação, a tecnologia necessária para transportá-la,
editá-la ou armazená-la será a mesma e estará disponível em todo o mundo.
Ainda que a literatura eletrônica ocupe a preferência entre os adolescentes, o
livro impresso não será extinto. O livro ainda continua sendo o meio mais econômico,
adaptável às circunstâncias, transportável e consultável de pesquisa e leitura. Novas
formas de leitura sempre existiram e continuarão a surgir na humanidade e, com o
passar do tempo, a modernização poderá causar algumas modificações no modo de
apresentação de uma obra. Outrora, pensava-se que a cultura seria deteriorada com a
aceitação do livro. Desde o advento da imprensa de Gutenberg, questiona-se tal
problemática. Positivamente, a informação chega a um número crescente de pessoas
numa velocidade espantosa.
Apesar das transformações tecnológicas atingirem direta ou indiretamente toda
a sociedade, o suporte com o qual a criança tem o seu primeiro contato com a leitura
ainda é o livro. Weiss e Cruz (2001) concluem que a criança de hoje já nasce
“mergulhada” no mundo tecnológico. A escola, neste sentido, deve preparar o futuro
cidadão a tornar-se crítico e apto a exercer funções necessárias ao desenvolvimento da
sociedade.
O bibliotecário deve ter zelo na indicação de sites ao estudante, pois nem tudo
disponível on-line é de total confiança. O bibliotecário deve orientar o aluno nessa
busca, na mesma forma como realiza o serviço de referência de sua biblioteca. Deve
indicar aos professores os sites confiáveis e de qualidade que contenham as obras
literárias em texto integral. Com isto, cumpre com a sua missão que é senão garantir a
informação ao seu usuário.
A Internet não deve ser vista como única fonte informacional. De acordo com
Marcondes (1997), a Internet pode ser um poderoso instrumento para os bibliotecários,
por ampliar significativamente o alcance do seu trabalho, no sentido de aproximar o
mundo para seus usuários. No entanto, se o livro eletrônico for difundido, irá mudar a
forma como o livro é produzido e distribuído.
Inegavelmente, a humanidade nunca teve tamanha quantidade de informação e
de conhecimento tão rapidamente e a um custo módico. Quem poderia pensar nesta
realidade no século passado? A abundância de informação é benéfica, mas o excesso
pode ser perigoso porque nem sempre as pessoas têm critérios plausíveis para selecionar
os conteúdos de qualidade. Afinal, a relação tempo-leitura está se tornando cada vez
mais inviável e na mesma velocidade com que as informações transitam na internet.
Consideravelmente, o conceito de efêmero nunca foi tão aplicado quanto nos dias de
hoje.
Partindo do conceito de ferramenta educacional, o computador é um poderoso
recurso do aluno para que ele possa utilizar no seu processo de aprendizagem,
valorizando, por conseguinte, seu prazer em construir seu auto-processo de
aprendizagem.

O papel da escola no incentivo à leitura

Leitura diária
Em muitas escolas, é comum a leitura diária de história, desde o primeiro ano de vida da criança. “Lendo, discutindo trechos da história e chamando a atenção para as ilustrações, favorecemos aspectos fundamentais da leitura, como compreensão de texto, seqüência narrativa, personagens e espaço”, diz Maria de Remédios Ferreira Cardoso, vice-diretora da Educação Infantil da Escola Móbile (São Paulo, SP). Mesmo as crianças já alfabetizadas devem ser expostas a leituras, que, neste caso podem ser compartilhadas em classe e acompanhadas de discussão do texto, dos elementos que o compõem e de análise do enredo.


Oportunidade de manuseio de livros Para que as crianças adquiram intimidade com os livros, é importante terem oportunidades de tocá-los, sem a intervenção de adultos. Fica tudo no ritmo da criança.
Acervos diversificados Os livros devem ser diferentes, adequados à idade dos alunos, constantemente atualizados e bem conservados. As visitas à biblioteca devem fazer parte da rotina das crianças e, no local, é importante haver um profissional capaz de orientar os alunos e estimular a leitura de obras adequadas.

Os livros deles Para as crianças, a possibilidade de levarem para a escola seus livros preferidos é um grande estímulo. Muitas escolas incentivam a prática, lendo em sala os livros dos alunos. Isso fará com que eles com compartilhem com os amigos e, quem sabem, emprestem um para o outro.

Leituras obrigatórias As leituras obrigatórias parecem ser um recurso inevitável, já que as crianças precisam vivenciar determinadas experiências literárias ao longo da vida escolar. A escola deve procurar, no entanto, fazer dessas leituras algo prazeroso para a criança. A leitura obrigatória pode ser um bom instrumento pedagógico, permitindo que as crianças apresentem seus pontos de vista, diferentes interpretações e opiniões. “Na escola Grão de Chão, utilizamos, por exemplo, uma ficha de avaliação em que a criança diz se adorou, gostou ou não gostou da leitura. Com isso, ela aprende que um texto chato para um, pode ser divertido aos olhos de outro”, afirma Paula Ruggiero, Coordenadora Pedagógica da escola.
Quando for hora de apresentar os clássicos da literatura brasileira e mundial, o empenho em “conquistar” este novo leitor deve continuar.


Nada de mensagens obrigatórias Livro não tem uma única interpretação, uma mensagem absoluta, muito menos obrigatória de a criança encontrar, ler nas entrelinhas. “Mais do que apreender o conteúdo de uma história, um poema ou uma ilustração, a criança deve se apropriar das estratégias de aproximação com os textos e com a literatura”